Em março, as transações correntes apresentaram superavit de US$798 milhões.
1. Balanço de pagamentos Em março de 2018, as transações correntes foram superavitárias em US$798 milhões, inferior ao resultado positivo de março de 2017, US$1,4 bilhão. Essa redução proporcionou ligeira elevação no déficit em transações correntes acumulado em 12 meses, que somou US$8,3 bilhões até março, equivalente a 0,41% do PIB (US$7,7 bilhões até fevereiro, equivalente a 0,38% do PIB).

O superávit comercial atingiu US$6,0 bilhões em março, com redução na comparação com igual mês de 2017, em função da maior taxa de crescimento das importações em relação à das exportações. O déficit total na conta de serviços atingiu US$2,8 bilhões no mês, expansão de 10,3% comparativamente a março de 2017. As despesas líquidas de transportes e viagens permaneceram em expansão no mês, atingindo US$489 milhões e US$980 milhões, respectivamente, mais que compensando o decréscimo dos gastos líquidos em aluguel de equipamentos, que somaram US$1,3 bilhão. Na conta de renda primária, os gastos líquidos com juros somaram US$754 milhões no mês (US$1,3 bilhão em março de 2017). As despesas líquidas de lucros e dividendos totalizaram US$1,8 bilhão em março, permanecendo estáveis em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Os ingressos líquidos de investimento direto no país (IDP) totalizaram US$6,5 bilhões em março, acumulando US$64,3 bilhões (3,13% do PIB) nos últimos 12 meses. Não obstante a trajetória de redução recente, o IDP permanece como principal fonte de financiamento do balanço de pagamentos.

Em março de 2018, as saídas líquidas em ações, fundos de investimento e títulos de renda fixa negociados no mercado doméstico somaram US$7,8 bilhões. Esses fluxos têm apresentado volatilidade, alternando ingressos e saídas líquidas. Nos últimos doze meses houve entrada líquida de US$6,4 bilhões em ações e fundos de investimento, e saída líquida de US$1,2 bilhão em títulos de renda fixa negociados no mercado doméstico.

A taxa de rolagem - definida como o percentual dos desembolsos dividido pelas amortizações, considerados os empréstimos e os títulos de longo prazo - situou-se em 65% em março, e em 73% no primeiro trimestre de 2018. O hiato financeiro foi negativo em US$5,1 bilhões no mês, representando déficit do balanço de pagamentos. Os ativos externos do setor financeiro recuaram US$6,6 bilhões no mês, sendo a diferença explicada pelo pagamento de US$1,5 bilhão ao Banco Central, em operações de linha com recompra. 2. Divulgação do Relatório de Investimento Direto no País O Banco Central do Brasil divulgou nesta data o Relatório de Investimento Direto no País (IDP), com estatísticas referentes ao ano de 2016. O Relatório apresenta estatísticas detalhadas do estoque de IDP, desagregando os componentes participação no capital e empréstimos intercompanhia. As estatísticas também são detalhadas por países investidores, nos critérios de investidor imediato e final, e por setores de atividade das empresas investidas no país. Em relação às empresas receptoras de investimento direto, as estatísticas apresentam suas características em termos de quantidade, percentual de participação estrangeira, participação no comércio exterior, entre outros. O Relatório de IDP está disponível no link http://www.bcb.gov.br/Rex/CensoCE/port/RelatorioIDP2016.pdf. 3. Alterações divulgadas nesta Nota A partir da divulgação das estatísticas do setor externo referentes a março de 2018, as tabelas que compunham o Anexo deixam de integrar a Nota para a Imprensa - Estatísticas do Setor Externo, com as informações de distribuição de fluxos de balanço de pagamentos por país e setor permanecendo disponíveis na página do Banco Central do Brasil na internet, no link das Tabelas Especiais do Sistema Gerenciador de Séries Temporais (http://www.bcb.gov.br/htms/Infecon/SeriehistBalanco.asp?idpai=seriespex).